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O PAD/DF

PROGRAMA DE ASSENTAMENTO DIRIGIDO DO DISTRITO FEDERAL - PAD/DF

Uma realidade que superou o sonho


O PAD/DF - PROGRAMA DE ASSENTAMENTO DIRIGIDO DO DISTRITO FEDERAL foi um programa concebido e implantado pelo Governo do Distrito Federal, através da Secretaria de Agricultura e Produção e executado pela Fundação Zoobotânica do Distrito Federal, com inicio em 1977, visando incorporar ao processo produtivo áreas rurais do Distrito Federal, até então inteiramente inexploradas.

O Programa abrangeu uma área de 61.000 hectares, contemplando diversos projetos de atividade econômica, de acordo com suas características de relevo e aptidão agrícola, sendo as áreas distribuídas para o plantio de cereais, cultivo de hortifrutigranjeiros, bovinocultura, avicultura, através de assentamento de produtores em Áreas Isoladas, Núcleos Rurais, colônias agrícolas e agrovilas.

Concebido o projeto, o Secretário de Agricultura e Produção, Dr. PEDRO DO CARMO DANTAS, passou a divulgá-lo para todo o País, buscando atrair produtores e empresários dispostos a participar do mesmo. Com esse objetivo percorreu diversas regiões do País e recebeu inúmeras caravanas de curiosos e interessados.

Foram muitas as dificuldades, sobretudo a resistência e a descrença dos investidores pois, na época, havia poucos empreendimentos e resultados. Entretanto, a fé e o trabalho de convencimento do Secretário PEDRO DANTAS encontrou a esperança e o pioneirismo dos 15 primeiros ocupantes da Área A do PAD/DF, uma gleba de 5.000 hectares, com 15 lotes, destinados à produção de grãos, sendo 12 sulistas, tradicionais produtores de soja e trigo e 2 paulistas, produtores de batata, restando uma área para a futura instalação de uma cooperativa, criada em 1978, e que hoje é a COOPA-DF.

Diferentemente dos demais programas de Assentamento Rural e Reforma Agrária, o PAD-DF procurou selecionar produtores com tradição na atividade agrícola e com qualificação técnica, exigindo dos mesmos uma contrapartida de bens e de capital que, somados aos financiamentos assegurados pelo BANCO REGIONAL DE BRASILIA- BRB, viabilizariam os recursos necessários para a correção dos solos e demais itens necessários para a implantação de projetos sustentáveis.

O produtor participou do projeto com riscos e recursos próprios. O Governo apenas disponibilizou a área, através de Contratos de Arrendamento, ofereceu financiamentos normais de crédito rural, com recursos do POLOCENTRO E POLOBRASILIA, assistência técnica e construção de equipamentos sociais mínimos, restritos inicialmente a uma sala de aula e uma pequena unidade de recepção e secagem de cereais, logo entregues e ampliadas pelos próprios agricultores, associados à COOPA-DF.

O primeiro plantio, no Ano Agrícola 77/78, foi de cerca de 2.000 hectares de Arroz de Sequeiro e 100 hectares de batatinha irrigada. Apesar do "veranico" que atingiu a cultura de arroz, os resultados animaram os primeiros produtores e despertaram o interesse de outros que se somaram aos pioneiros, provocando uma verdadeira corrida aos lotes remanescentes

No segundo ano da implantação do programa, em 1978, as áreas anteriormente cultivadas com arroz de sequeiro, foram plantadas com soja, uma cultura melhoradora de solo, mais estável e resistente às estiagens e com melhores resultados econômicos. Todavia, as poucas variedades existentes e recomendadas para a Região dos Cerrados, apresentavam baixa produtividade, de cerca de 1.000 kg/ha que, aliada às precárias condições logísticas da época, deixava os produtores em má situação econômica.

Vizinho ao PAD/DF, no município de Cristalina-GO, um produtor paulista, LUIZ SOUZA LIMA, vinha testando e multiplicando outras variedades de soja, onde despontou a soja CRISTALINA, criada pelo pesquisador FRANCISCO TERASAWA que, em parceria com a COOPA-DF, desenvolveu um programa de melhoramento, multiplicação e produção de sementes, elevando a produtividade da cultura para 2.500 kg/ha.

A partir disso, o PAD/DF se consolidou e os seus resultados contribuíram para levar a agricultura para o Entorno de Brasília, para o Oeste da Bahia e Mato Grosso, cujas áreas de soja foram expandidas e se sucederam outros cultivos, como o milho, feijão, trigo e sorgo, transformando os Cerrados brasileiros num grande celeiro e Brasília o pólo indutor de desenvolvimento agrícola, materializando a profecia de Dom Bosco, no ano de 1838 e o sonho de Juscelino Kubitschek, quando da criação de Brasília, na década de 1950.

Decorridos 31 anos, o Distrito Federal, a despeito da sua reduzida dimensão territorial, cultiva 125.313 Há, destacando-se a soja com 59 mil ha, Milho com 47, 6 mil ha, Feijão 14,5 mil ha e sorgo 5,2 mil ha. Em termos de culturas irrigadas, planta mais de 10,0 mil há em 152 equipamentos de pivô central instalados.

De acordo com o IBGE, na Pesquisa Agrícola Municipal-2005, figura como o 24 º maior produtor agrícola do país, entre os 5.645 municípios brasileiros. Entre os dez principais produtos cultivados no campo brasiliense, nove superam a media nacional de rendimento. Na produção de milho, a produtividade média é de 6.187 kg/Há, volume 135,1% superior a media nacional, registrando a oitava maior colheita do País. No caso do trigo irrigado, a lavoura local chega a colher 177,5 % mais cereal em comparação aos números brasileiros. (Correio Braziliense, 31/12/2006 ,pg. 21).

Na criação de animais, Brasília é a Capital do Frango, sendo a primeira no ranking dos produtores de aves, com mais de 13,5 milhões de cabeças, superando os municípios de Rio Verde-GO (8,9 milhões ) , Concórdia-SC (7,9 milhões) e Pará de Minas-MG ( 7,7 milhões.).

O PAD/DF foi o primeiro e mais importante mostruário das potencialidades e possibilidades agrícolas dos Cerrados brasileiros, constituindo-se no mais bem sucedido programa de colonização e reforma agrária do País e cumpriu exemplarmente o papel da nova capital da república, de interiorizar e integrar o desenvolvimento. Hoje, uma realidade que superou o sonho.

GHESTI, Luiz Vicente. Programa de assentamento dirigido do Distrito Federal- PAD/DF. Uma realidade que superou o sonho. Brasília. 2009.

LUIZ VICENTE GHESTI
Engenheiro Agrônomo, Assistente Técnico do PAD/DF, Empresário Rural, atual vice-presidente do Sindicato Rural do DF e Primeiro Presidente da COOPA-DF.

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